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Sinais de mudanças na superfície terrestre e o impacto no mercado segurador

Erupção vulcânica na Islândia é a maior dos últimos 200 anos no país.
Foto aérea mostra vulcão em erupção perto do Glaciar Eyjafjallajokull, na Islândia. Autoridades evacuaram 450 pessoas da área, 160 km a sudeste da capital Reykjavik. Trata-se da maior erupção da Islândia em 200 anos. Cientistas temem que a erupção possa detonar uma reação maior do vulcão Katla, que fica nas proximidades. (Foto: Ragnar Axelsson / AP)

Foto aérea mostra vulcão em erupção perto do Glaciar Eyjafjallajokull, na Islândia. Autoridades evacuaram 450 pessoas da área, 160 km a sudeste da capital Reykjavik. Trata-se da maior erupção da Islândia em 200 anos. Cientistas temem que a erupção possa detonar uma reação maior do vulcão Katla, que fica nas proximidades. (Foto: Ragnar Axelsson / AP)

Inúmeros terremotos tem acontecido nestes últimos 60 dias, alguns de grandes proporções, ao longo de todo o planeta.  Além de Haiti e Chile observamos tremores menores no Japão, Nova Guiné, Cuba (Guantánamo), EUA (Los Angeles), Peru, Turquia e Ilhas Molucas. O que facilmente nos remete a leitura de que as placas tectônicas do planeta estão em acomodação e movimento. Estamos instalados sobre um grande tabuleiro esférico de quebra-cabeças, onde as peças (placas tectônicas) tem tamanhos e formatos diferentes entre si. Ao se empurrar uma das peças dessarrumamos as outras (terremotos).

O prejuízo no Chile foi de US$ 30 bilhões, segundo seu presidente eleito, boa parte dos quais ressegurados – conforme o que as próprias companhias já anunciaram até o momento – ao longo do planeta: no Lloyds US$ 500 milhões, ACE com US$ 75 milhões, Montpeliers com US$ 100 milhões, Swiss Re com US$ 7 bilhões, Everest com US$ 225 milhões, Hannover com outros US$ 225 milhões.

Muitos (80%) dos títulos de catástrofes (derivativos utilizados para consolidar as reservas técnicas das seguradoras) vendidos neste exercício já foram separados para as indenizações com o Chile e a tempestade tropical Xynthia. Ou seja, os investidores terão prejuízos significativos neste negócio de risco neste ano. E o mercado segurador, parte dele recuperando-se da crise financeira de 2009, terá um ano (2010) difícil nos ramos diferenciados (catástrofes).

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Construção Civil

Vigas de ponte em construção caem e matam três pessoas no Amapá

Segundo o portal G1, um acidente em uma ponte em construção no Amapá matou três operários e deixou dez feridos na tarde deste sábado (20), segundo informações do secretário de Infra-estrutura do estado, Alberto Pereira Goés.  A ponte, com cerca de 400 metros de extensão e orçada em aproximadamente R$ 50 milhões, está sendo construída sobre o Rio Vila Nova, a cerca de 60 quilômetros da capital, Macapá.

Rio Vila Nova Amapa 2

De acordo com o secretário, no momento do acidente, um macaco hidráulico deslocava a última viga que faltava para ser colocada na obra, a 28ª. A peça, feita de concreto e cabos de aço, balançou e atingiu outra viga. Suspeita-se que a máquina não suportou o peso da peça. As duas vigas caíram e atingiram uma balsa que estava próxima à ponte fazendo a sinalização náutica.

Em uma obra pública costuma-se exigir dos empreiteiros um seguro de garantia de performance da construção (Garantia de Obrigações Contratuais), que pelo atraso no cronograma da obra poderá ser acionado para indenizar o Governo do Amapá pelo atraso. Além disso, há o seguro de risco de engenharia (OCC-Obras Civis em Construção) que garante os danos causados à obra e seus equipamentos. E ainda a Responsabilidade Civil na execução da obra, garantindo a indenização às famílias dos operários e demais prejudicados.

Rio Vila Nova Amapa

Neste acidente me parece ter havido erro de execução, fato coberto pelos seguros já citados. No ano de 2009 foram pagos R$ 121,3 milhões em indenizações no seguro de Risco de Engenharia, ou seja, 17% de sinistralidade para um volume de R$ 468 milhões em prêmios.