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Erupção de Vulcão na Islândia fecha aeroportos europeus

Conforme o portal G1: ” A nuvem de cinzas gerada pela erupção de um vulcão na Islândia já provoca o cancelamento de cerca de 17 mil voos na Europa neste sábado (17), segundo a agência Agência Europeia para a Segurança na Navegação Aérea (Eurocontrol). De acordo com a agência, em um sábado normal cerca de 22 mil voos operam na região. Apenas cinco mil, no entanto, devem voar neste sábado de caos aéreo na Europa. Mais de 25 países fecharam seu espaço aéreo total ou parcialmente, afirma a Eurocontrol.”

Qual o perigo para a aviação? Porque os aviões estão “groundeados” ?

Porque a fumaça expelida pelo vulcão possui inúmeros componentes químicos: sílica, dióxido de enxofre, enxofre, areia, partículas de vidros, etc.

Estes componentes estão na forma de vapor solidificados e pulverizados na atmosfera (cinzas vulcânicas) que ao entrarem numa turbina de um avião, alcançam 1000 graus celsius e derretem, colam e selam algumas partes do motor impedindo a passagem e entrada do ar, fazendo assim a parada do motor.

Partes desses gases também entram na cabine do avião através do sistema de ar condicionado. Além disso a nuvem espessa prejudica a visibilidade do piloto.

Os radares dos aviões são preparados para perceber humidade nas grandes formações de nuvens de chuva, mas não notam uma nuvem seca como essa vulcânica.

Em suma, as cinzas vulcânicas desligam os motores e prejudicam a visibilidade, além de não serem percebidas pelo radar. Tornam um avião um planador, colocando todos passageiros e tripulação em risco.

A altitude das cinzas é de 30 mil pés (aprox. 10 Km) que é exatamente onde trafegam as aeronaves comerciais. Apenas o aposentado Concorde vôa a 60 mil pés (30 Km), bem como algumas aeronaves militares (caças de guerra).

As estimativas para os prejuízos ainda são desencontradas: 1) A IATA (International Air Transport Association) avalia em USD$ 200 milhões por dia de paralização; 2) Algumas resseguradoras, entre as quais a Munich Re e a Allianz afirmaram, corretamente, que não teremos muitos prejuízos no setor de seguros pois as cias. aéreas não contratam seguros de lucros cessantes (business interruption); 3) O Sindicato de Corretores de Londres, com 1.700 brokers, informou que as seguradoras, em especial a Tokio Marine Re, têm muitos seguros viagem celebrados com pessoas físicas que garantem esse tipo de evento e, portanto, os prejuízos serão incalculáveis.

Para termos uma idéia, a British Airways recentemente enfrentou greve de pilotos, e para cada dia de greve teve perdas de 13 milhões de libras esterlinas.

Enquanto o Vulcão não parar, e dependendo do que ocorrer com as cinzas (se vão se dissipar na atmosfera ou se depositar sobre plantações e ativos em solo) ainda teremos muita especulação sobre o tamanho dos prejuízos a serem absorvidos.

No dia 15 de abril, um caça da Força Aérea da Finlândia sobrevoou a nuvem de cinzas, a uma altitude acima de 50 mil pés, teve suas turbinas danificadas e apagadas em vôo. O piloto conseguiu ligar os motores graças a perícia, altitude levada e ter saído muito rapidamente da nuvem. Em solo analisaram e perceberam os danos pela selagem das partes internas do motor.

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Catástrofes naturais Chuvas e Alagamentos

Lições: a tragédia das chuvas no Rio de Janeiro poderia ter sido evitada

Se houvesse gerenciamento de riscos na administração pública, não só do Rio de Janeiro, mas em todo o país, a tragédia ocorrida hoje (6 de abril de 2010) poderia ter sido evitada e mitigada para pequenos transtornos sem tantas vítimas fatais.

A COPPE/UFRJ há alguns anos criou uma ferramenta simples e barata, usada para medir o índice pluviométrico da cidade. Usando uma rede de colaboradores, estrategicamente espalhados pela cidade do Rio de Janeiro. E assim, monitorar o perigo eminente de deslizamentos nas encostas do Rio. Aparentemente esse sistema não foi perpetuado pelos governos seguintes.

Além disso, não se vê um plano de contingência com etapas a serem iniciadas após determinados índices de chuvas. Isso não custa caro. Trata-se de gestão. Um plano de contingência precisa ser criado para situações como a observada hoje.

Tal tarefa se inicia elegendo uma quantidade de funcionários públicos e voluntários da sociedade privada, residentes em um determinado bairro, para atuar neste mesmo bairro, como parte integrante de uma grande rede de informações interligadas a um comando central. Todos seriam treinados e teriam tarefas bem definidas (trânsito, informações e imagens, remoção de pessoas de áreas de risco, funcionamento de escolas e hospitais, etc.).

O segundo passo está na distribuição e uso dos recursos e equipamentos públicos. Qual escola servirá de abrigo? Após a chuva ceder, e as aulas precisarem ser iniciadas, para onde irão as pessoas desabrigadas e instaladas na escola (Maracanazinho, outro ginásio) ? Qual hospital terá atendimento de campanha para as áreas afetadas? Qual reboque e trator será usado ? Como se dará o deslocamento e logística dessas pessoas e equipamentos ?

Vale lembrar que não falamos de obras, limpeza de galerias, compra de equipamentos, etc. Só em gestão dos recursos atuais!

Angra dos Reis tem um plano de contingência para evacuação gerido e administrado pela Usina Nuclear de Angra. Ocorre que a probabilidade de um acidente nuclear em Angra dos Reis é muito menos provável que tragédias causadas pelas chuvas no Rio de Janeiro! Por que nada foi feito?

O Rio de Janeiro, parece estar aguardando a construção de um Comando Central, previsto para a Olimpíada de 2016, para então pensar nisso!

Poderíamos ter evitado os dias de luto e a quantidade de vítimas observadas na cidade.